DAMBA- NADA AINDA ESTÁ PERDIDO !

Publié le par LUVUVAMO YALA DAMBA

BAK = 3 D 012

 

 

 

 

 

Dissemos que < Quando eras pobre, usava folha para te servir comida; agora que tens prato, não despreze a folha porque um dia há de necessitar de novo quando a loiça partir >

 

Essa mensagem visa necessáriamente despertar todos aqueles que motivos vários, deixaram de viver nas suas aldeias ou simplesmente em zonas rurais. A bem verdade que em zonas rurais para que provou o molho de Cidade, fica um pouco dificil a readaptação. Mas também, não devemos esquecer que o ser dificil não é ser impossivel. Os francês dizem que: < Seul em mangueant vient l´appetit > traduzindo como:< só Comendo vem o apetite > É questão de estar no local que se vai criando as condições, que se vai ultrapassando as dificuldades.

 

Numa discussão em Luanda, no dia do velório do meu falecido irmão que vivia na suiça, um sábio, natural e residente de Damba que também esteve presente neste óbito, o velho Manuel Tungo, assegurou-nos:< E nsi, antu ! > entende-se que: a aldeia, Regedoria,Municipio,Província ou pais são as pessoas; pela tradução: Nsi= terra ou País, ou localidade e antu significa  pessoas, por ser plural de muntu qui é uma pessoa.

 

Ora no caso de Damba, pela miséria que é vitima hoje, uma das soluções é a tomada de consciencia de cada um dos seus naturais em decidir e marcar residencia ou na maior dos casos, começar a frequentar a região e solicitar um espaço para marcar sua presença, colocando nele algo que ao menos no futuro venha a erguer algo. A luta que se deve levar a cabo, é o combate ao êxodo do municipio que afecta não só os camponêses mas também alguns quadros que acabaram apesar do amor a terra natal, perder a fé de um dia melhorar.

 

Não devemos permitir que lá onde foram enterrados os nossos avós e umbigos se torne mato, no verdadeiro sentido de savana, numa autentica tristeza de levar sempre seu nome nos nossos bilhetes de identidade. É extremamente perigoso, a suspeitar que há sempre alguém a espera que faça daquilo seu, e os nossos filhos, netos e bisnetos ficarem sem terras no futuro ! Há quem justifica-se que saiu da aldeia para a cidade em procura de conforto, mas posto na cidade se depara com mais situações talvez das pores do que na aldeia. haverá razão de reclamação neste caso ?

 

 Ora, apenas falta-nos um pouco de reflexão. O homem não deve andar como cangurro, saltando !. O homem marcha ! marcha com um pé a traz e outro a frente. Isto chama -se passo e diz-se marcar o passo. isso é muito importante compreender de que uma reflexão com base a essa visão leva facilmente a encontrar o conforto na sua vida de onde queira marcar residencia.

 

Investindo simultaneamente no campo e na cidade estaria a criar condições para uma vida isenta a fome, a estress, a nostalgia, a saudade, e mais, estarás sempre presente na resolução dos problemas de família, das zonas residencias tanto da Cidade como campo. Essa teoria não é recente, nem minha ! Os marxistas leninistas já faziam referencia a aliança operária camponeses ou seja o casamento entre a cidade e o campo.

 

Não é tão mau quando as pessoas decidem ir nas cidades em procura de boas condições de vida, visto que em angola por exemplo, todas as oportunidades, os luxos, o mel e o leite estão concentrados em Luanda e em algumas cidades, excepto as maiorias das províncias do norte entre as quais inclui Uige, que se contentam apenas com as migalhas das sobras do Orçamento geral do Estado. as pessoas devem ir as cidades a procura de meios para tornar a investir nocampo e num futuro proximo estabilizar não só a sua vida mas também a vida de tantos outros habitantes da região. 

 

No espirito de < Kissele, Sele Sele, c´est la jambe qui compte>, naquele tempo de guerra, quando voluntários de Esi Damba percorriam a pé até as cidade de Uige e Negage em busca de produtos, carregando-os a cabeça para o abastecimento das populações isoladas, na altura, ajudou a que o povo não fosse vítima de anemias e outras doenças porque tinha sempre o sal, o açucar, o sabão, a roupa e mais produtos nos mercados de Kicumba-Lemboa, Kissoba Nanga, de Damba etc...É exactamente nesse tempo que muitos foram nas grandes cidades e na europa e como continuam a irem. Com o alcance da paz, muitos tornaram-se grandes homens tanto na administração pública, nas forças armadas, no comercio e nas outras muitas áreas e enriquecidos em conhecimentos e meios !

 

Não seria essa a ocasião de fazer melhor para Damba ? Até a águia que é visto lá longe, no ar, os seus ossos são encontrados na terra ! Os esi Damba foram para as grandes cidades, atravessaram as fronteiras do País até as grandes cidades na europa, americas, asia. Lá naquelas terras, acho que até aquela pessoa que vive na zona rural de lá, é mais do que alguém que vive na cidade do Uige. Foram abençoados e estão a usar loiça- LOIÇAS ! Se esqueceram da folha de Damba ? !!! Pensemos um pouco, ó Musi Damba !

 

Damba são as pessoas ! Sem as pessoas, Damba não é nada ! Damba somos nós ! Sem nós, Damba não é nada !  Terá a pior imagem como tem agora ! E nsi, Antu ! Podemos falar, gritar, projectar, mas se Damba hoje ficar completamente mata, seremos naturais com apenas nome no Bilhete de identidade. Vamos gerir o tempo ! Vamos construir o nosso municipio, terras dos nossos avós, nossa herança ! digamos, Basta a compras de terrenos ! alí, temos terras, temos cultura, temos histórias, temos alguns materiais e matérias a explorar localmente ! Evitemos de ser como aqueles que esperam que os outros fazem para depois virem a corrigir ou apreciar o conforto ! Podemos mudar o rumo de Damba estando no Damba.

 

Ainda somos capaz porque nada ainda está perdido ! Estando lá podemos implantar a verdadeira democracia onde o Poder luta contra uma forte oposição dentro do respeito a constituição e a Lei, promover a cultura dos direitos humanos, o combate a pobreza na sua verdadeira forma e com projectos não copiados mas concebidos mediante uma reflexão ampla e que correspondam seus resultados aos anseios do povo,elevar o nível da escolaridade e criação de condições para um ensino aceitavel internacionalmente e que permite com as infraestruturas a criar, implementar programas superiormente lançados, reactivar o lazer, ressucitar o desporto, repôr a paisagem com hecaliptos e ampliar o projecto sobre plantação de árvores as comunidades, tratar de água e luz, bem como reconstituir o gremio dos comerciantes de Damba, etc...recolher todas as boas ideias para tornar Damba numa potencia economica a nível da província e do Pais- Este é o sonho que não deve ser sono.

 

DAMBA PRECISA DE TI, DE MIM, DE NÓS PARA O SEU DESENVOLVIMENTO.   

Publié dans Cultura

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